quarta-feira, 18 de agosto de 2010

"No momento em que o mecânico te assegura que o avião não tem problemas, você acredita e está colocando sua vida nas mãos dele" (Marcos Pontes)

Florianópolis, 18.8.2010 – Ex-piloto de caças, o astronauta brasileiro Marcos Pontes sempre teve que confiar na manutenção dos equipamentos nos quais voou. “No momento em que o mecânico te assegura que o avião não tem problemas, você acredita e está colocando sua vida nas mãos dele”. Os mecânicos de aviação precisam inspirar especialmente confiança para a tripulação e passageiros. Mas existem outras competências tão importantes que devem ser contempladas nos cursos que formam esses profissionais. É por isso que o ex-aluno do SENAI e hoje diretor técnico do Instituto Nacional para o Desenvolvimento Espacial e Aeronáutico resolveu dar um rasante em suas origens e está em Florianópolis discutindo o perfil dos profissionais de mecânica de aviação.
O debate ocorre no comitê técnico setorial que o SENAI está promovendo até quinta-feira, no Hotel Mercure, no Bairro Itacorubi, em Florianópolis, com a participação de companhias aéreas, Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), entidades de classe e outras instituições de ensino. “O mecânico de aviação é um profissional extremamente importante, que faz falta e vai fazer mais falta ainda no Brasil já que o mercado está crescendo bastante”, afirma Pontes.
A engenheira e mecânica de aviação Giovanna Simões, responsável pela área de manutenção da Tam, observa que a iniciativa do SENAI de criar o primeiro curso de mecânica de aviação e, agora, de promover o Comitê Técnico Setorial pode ajudar a sanar uma deficiência que o país tem. “Temos cursos muito generalistas ou cursos isolados que não dão a carga necessária para atuar na aviação”. Segundo ela, o grande benefício vem da proposta de formar, em qualquer lugar do Brasil, profissionais de maneira padronizada. A participação das empresas tem exatamente o propósito de ouvir as necessidades do mercado.
O empresário catarinense e diretor da FIESC César Olsen, de Palhoça, foi o idealizador do primeiro curso de mecânica de aviação do SENAI no Brasil, defende o modelo adotado em Santa Catarina, que aproveita as competências que estão na reserva da Força Aérea. “São profissionais ávidos para repassar os conhecimentos que têm”, afirma.
O programa de capacitação de mecânicos de aviação do SENAI foi criado em meados de 2009, em São José, na Grande Florianópolis, e forma profissionais em três cursos técnicos – aviônicos (que cuida da parte eletrônica), célula (que cuida da fuselagem) e motopropulsão (especializado em motores aeronáuticos). O curso tem duração de dois anos. O primeiro ano é comum aos três cursos e, no segundo, os alunos se especializam num das áreas. Os alunos podem, se quiserem, obter as três formações num total de quatro anos de estudos.

Fonte: Assessoria de Imprensa
Sistema FIESC

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