O meio aeronáutico vem observando uma campanha nacional pela privatização dos aeroportos brasileiros. Na mira, estão alguns dos principais aeroportos do país (Galeão, Viracopos, novo aeroporto de SP, Campos/RJ etc).
O assunto está sendo discutido no primeiro escalão do governo. Os ministros Nelson Jobim (Defesa) e Dilma Roussef (Casa Civil), a presidência da Anac e da Infraero, são favoráveis à privatização de alguns aeroportos, apoiados e pressionados por alguns governadores de estado. Aliás, tal campanha, teve início com o governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, pela privatização do Galeão.
Há “boatos”, de que o futuro da Infraero possa estar na formação de uma outra empresa, com a participação da brasileira Camargo Corrêa, do grupo suíço Unique e do chileno IDC, os dois últimos com experiência na administração aeroportuária. Do outro lado, meio que solitariamente, fazendo oposição à idéia da privatização, esta o Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina).
O argumento do sindicato é bastante vil. – “Apenas doze aeroportos são viáveis financeiramente. É a receita deles que mantém os outros 55 e as demais unidades. No último balanço, a Infraero apresentou um lucro antes das obras nos aeroportos com recursos próprios de R$ 261,2 milhões. O que demonstra a viabilidade orçamentária da empresa, que já soma 35 anos de experiência na atividade. Além do mais, em diversas pesquisas e opiniões de empresas do ramo mundial, a Infraero está sempre entre as melhores gestoras de aeroportos do mundo. Modernizar a infraestrutura aeroportuária brasileira é essencial, mas isso não exige a abertura de um processo de privatizações, entregando importante setor da soberania nacional (altamente rentável, por sinal), muito menos nos moldes que estão sendo desenhados, à iniciativa privada”. Fora isso, temos questões supra-importantes que não são mencionadas pelos idealizadores de tal processo, como por exemplo: segurança e soberania nacional. Para se ter noção, a primeira medida adotada pelo governo americano após o 11 de setembro foi colocar pessoas ligadas ao Estado no controle dos acessos aos seus aeroportos. Por fim, os trabalhadores sustentam que a gestão da Infraero, cada vez mais politizada, seja profissionalizada, com a participação de empregados de carreira, buscando um desenvolvimento da infraestrutura aeroportuária mais coerente com a Política Nacional da Aviação.
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